Caceteira do Mestre Rindú
A caceteira é uma manifestação de cultura popular que é tradicional no período junino do município de São Cristóvão, em Sergipe. Entoando cantigas do cancioneiro popular sergipano, homens e mulheres compõem o cortejo animado por zabumbas, ganzá e cuíca. O nome caceteira lembra o processo artesanal de sova do couro dos instrumentos de percussão e o próprio batuque “à base de cacetes”. As caceteiras mais antigas de São Cristóvão datam da primeira metade do século XX. A Caceteira da Dona Biu e a Caceteira de João de Cota, ambas desaparecidas com o falecimento dos seus mentores, ainda resistem na memória coletiva da cidade.
Atualmente, a única manifestação desse gênero em São Cristóvão é a Caceteira do Rindú, apelido do seu coordenador, José Gonçalo dos Santos. A Caceteira de Rindu é formada por aproximadamente 30 integrantes com idades que variam de 6 a 70 anos, eles ensaiam durante todo o ano para fazer bonito na véspera de São João. De acordo com a tradição, todos os anos, no dia 31 de maio, o grupo percorre as ruas do centro histórico numa batucada que festeja a chegada do mês junino. Quando os sinos das igrejas batem à meia-noite, há um canto louvado com emoção: “o sino do Carmo abalou, abalou deixa abalar”, diz o refrão.
Localiza-se em:
São CristóvãoFestas Principais:
Período JuninoReferências:
Entrevista do Mestre Rindú para o Guia Divirta-SE, da Secretaria de Estado da Cultura, à jornalista Díjna Torres, em 2010.
FONTES, Aglaé d'Ávila. Mestre Rindú - José Gonçalo Santos. São Cristóvão: PMSC/FUNPATRI, 2012.
FRAGATA, Thiago. Mestres do Folk: Mestre Rindú, 10 de agosto de 2007, http://thiagofragata.blogspot.com.br/2007/08/mestres-do-folk-mestre-rind.html